quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CODIFICAÇÃO ESPIRITA

A codificação do espiritismo Cinco são os livros básicos do Espiritismo e constituem o "Pentateuco Kardequiano". Neles, Allan Kardec reuniu os ensinamentos que os Espíritos Superiores trouxeram, com a ajuda de médiuns com quem trabalhou diretamente e de numerosos outros, através da vasta correspondência que mantinha em todos os continentes. "O Livro dos Espíritos" - publicado em 1857 (18 de abril). É o livro básico do Espiritismo. Enfeixa os aspectos fundamentais da Ciência, Filosofia e Moral Espírita. Contém, no dizer do próprio Codificador, "os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o futuro da Humanidade". Na sua composição, que abrange 4 capítulos, Allan Kardec adotou o método de perguntas por ele elaboradas a serem respondidas pelos Espíritos Superiores. Além das questões, o texto é freqüentemente enriquecido com comentários e preciosos resumos escritos por Rivail. A primeira edição tinha 501 perguntas: a segunda, completa e definitiva, apresentava 1019, mas, na realidade, continha apenas 1018, pois, saltaram o número 1011 (à pergunta 1010 segue-se a 1012). Nas edições brasileiras, o número das perguntas, varia segundo a editora (1018 ou 1019). "O Livro dos Médiuns" - publicado em 1861. Estuda a mediunidade em seus múltiplos aspectos, orienta sobre seu desenvolvimento, uso, dificuldades e prática. Consolida os ensinamentos da doutrina pelo ângulo da experimentação científica. "O Evangelho Segundo o Espiritismo" - publicado em 1864. A primeira edição teve o título: "Imitação do Evangelho". As seguintes foram impressas com o título definitivo. Com a ajuda de vários médiuns de inúmeras procedências e dos Espíritos, Kardec estuda os ensinamentos morais dos quatro Evangelhos, à luz do Espiritismo, dispondo-os didaticamente em 27 capítulos. Em cada capítulo, agrupa as citações dos evangelistas de acordo com o tema e, a seguir, esclarece o assunto segundo o ponto de vista do Espiritismo e transcreve mensagens de Espíritos Superiores, escolhidas de acordo com a matéria em estudo, dentre as milhares recebidas em vários países, durante alguns anos. Obra basilar da Doutrina Espírita (que é o "Cristianismo redivivo") possui incomensurável beleza, cujo verdadeiro alcance ainda estamos longe de conhecer. "O Céu e o Inferno" - publicado em 1865. Aborda o problema de destino e da dor. Estuda de forma clara, precisa e lógica o prêmio, o castigo, as penas eternas e a Lei de Causa e Efeito, que demonstra a Justiça Divina, esclarece e consola os aflitos. "A Gênese" - publicada em 1868. Estuda nossas origens, abrangendo a constituição planetária, orgânica e espiritual. Em seu último capítulo, aborda os milagres e as predições de Jesus. Após a desencarnação de Kardec, a viúva autorizou a publicação de algumas anotações do Codificador nas quais contava fatos ocorridos no decorrer de seu trabalho missionário e apontamentos de ordem doutrinária. Esse livro recebeu o título: "Obras Póstumas" - publicado em 1890. Além dessas obras básicas da Codificação do Espiritismo, Kardec publicou onze livros de cunho mais popular e resumido. Manteve vasta correspondência com adeptos e interessados na Doutrina, em todo o mundo. Merece especial destaque a "Revista Espírita", publicação mensal escrita em grande parte pelo próprio Kardec. Ela é um repositório de informações sobre o Espiritismo, transcrevendo, com freqüência, escritos mediúnicos que lhe chegavam de todas as partes. Esteve sob a orientação e responsabilidade de Kardec desde seu primeiro número (janeiro de 1858) até o seu desenlace (março de 1869). Nessa revista o Mestre apontava "os princípios novos" que dessa forma eram entregues ao estudo dos espíritas e, posteriormente, recebia sugestões e apontamentos sobre questões não completamente esclarecidas, que muito o ajudavam na afirmação de novos aspectos doutrinários.

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