terça-feira, 2 de outubro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: 03 DE OUTUBRO-REECARNAVA ALLAN KARDEC

Centro Espírita Meimei Virtual: 03 DE OUTUBRO-REECARNAVA ALLAN KARDEC: Em 03 de Outubro de 1804,nascia em Lyon na França o Codificador da Doutrina Esírita,o mestre ALLAN KARDEC.Publicou as obras O Livro dos Es...

domingo, 9 de setembro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: ORAÇÃO A DEUS

Centro Espírita Meimei Virtual: ORAÇÃO A DEUS: ORAÇÃO A DEUS Pai de grandiosa bondade e misericórdia graças te dou pelo amor que devotas aos teus filhinhos. Senhor eterno e grandioso agra...

sábado, 8 de setembro de 2012

PRINCÍPIOS BASICOS DE ESPIRITISMO

Princípios Básicos da Doutrina Espírita A) Crença em Deus Os espíritas acreditam na existência de Deus, este princípio inclusive, está presente nas escrituras sagradas , no evangelho em Mateus, Cap. VI , vv. 09 a 13, no qual encontramos a oração do PAI NOSSO. No Livro dos Espíritos, Os Espíritos definem Deus como a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como afirma Alan Kardec: "A prova da existência de Deus está no axioma: Não há efeito sem causa. Vemos incessantemente uma multidão inumerável de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, uma vez que a Humanidade está impossibilitada de reproduzi-los, e mesmo de explicá-los: a causa está, pois, acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-hi, Grande Espírito, etc., segundo as línguas, os tempos e os lugares. " Deus é maior que todas as teorias e todos os sistemas. É Soberano a tudo. É DEUS quem sustenta os homens, quem os inspira e os dirige. A existência da Potência Suprema é afirmada por todos os Espíritos elevados. Deus é a inteligência suprema e soberana, é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições. E, não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Bibliografia de consultas - O Livro dos Espíritos - Alan Kardec - Editora FEB 84ª edição. - A Gênese - Alan Kardec - Editora FEB 38ª edição. - O Grande Enigma - Léon Denis - Editora FEB 12ª edição. - Bíblia Sagrada - Novo Testamento - Evangelho de Mateus. - Obras Póstumas - Alan Kardec - Editora FEB B) A Imortalidade da Alma e Comunicabilidade dos Espíritos Os espíritas acreditam na imortalidade da alma ou espírito, este princípio , inclusive, está presente nas escrituras sagradas , quando no evangelho , em Mateus, Cap. XVII, vv. 01 a 13, os discípulos Pedro, Tiago e João, viram ,diante deles, Jesus transfigurado e também viram os espíritos de Moisés e Elias comunicando com Jesus. No Livro dos Espíritos, Alan Kardec diz que : "os próprios seres que se comunicam se designam a si mesmos pelos nomes de Espíritos ou Gênios, declarando, alguns, pelo menos, terem pertencido a homens que viveram na Terra. Eles compõem o mundo espiritual , como nós constituímos o mundo corporal durante a vida eterna". "O Espírito..... é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato". "As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós, à nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumento". Assim, a comunicação dos Espíritos com os homens não cessa, tendo atuação sobre as ações e pensamentos. Não sendo os Espíritos impedidos de comunicar com os homens. Não havendo impedimento para a comunicação dos Espíritos com os homens precisa-se estar atento como podemos ver no Evangelho - João - Epístola 1ª - Capítulo 4 : "Amados , não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas têm surgido no mundo./ Nisto conheceis o Espírito de Deus: Todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus, mas todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus". Bibliografia de consultas - O Livro dos Espíritos - Alan Kardec - Editora FEB 84ª edição. - Bíblia Sagrada - Novo Testamento - Evangelho de Mateus. - Bíblia Sagrada - Novo Testamento - Evangelho Mateus - Epístolas de João. C) Reencarnação Os espíritas acreditam na reencarnação do Espírito , princípio que está presente nas escrituras sagradas , quando no evangelho, em Mateus, Cap. XVII, vv. 10 a 13 Jesus responde aos discípulos dizendo: "Certamente Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas. / Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. / Então entenderam os discípulos que lhes falara a respeito de João Batista" O Espírito está em evolução, em crescimento moral, e a reencarnação, que é o retorno do espírito à vida corporal, faz parte desta evolução espiritual dos homens e sua existência é importante na aplicação da Justiça Divina. O Princípio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei do progresso. Nas escrituras sagradas, em Mateus XIII vv. 4 a 9 - Parábola do Semeador - entendemos o crescimento e evolução espiritual porque passam os espíritos. Esta evolução espiritual tem como destino DEUS, e nos dá diversas oportunidades de aprendermos e crescermos corrigindo os nossos erros. E assim, através da reencarnação, pode ser compreendida a causa dos sofrimentos dos homens, de suas dificuldades e a existência de desigualdades na Terra. É com a reencarnação que se alcança o melhoramento progressivo da humanidade, e que os Espíritos se melhoram até a limpeza de suas impurezas. Esta limpeza que é chegar ao estado da perfeição , não acontece em única existência, por mais longa que esta seja, e por isto, a necessidade de novas reencarnações na Terra até que estas não sejam mais necessárias no momento que atingida esta perfeição. É, portanto, na vida que encontramos uma escola para o aprendizado de docilidade, paciência, dever, e é , a vida, um meio de aperfeiçoamento moral. E são nas diversas existências que à custa do trabalho e do sofrimento, passo a passo , já conquistamos as qualidades que temos e que também conquistaremos o que nos falta. As vidas são distintas e diferentes, mas solidárias entre si. Como na lei de causa e efeito, o futuro é a conseqüência do passado. Como cita Léon Denis - "Cada um leva para a outra vida e traz, ao nascer, a semente do passado."...."Há uma íntima correlação entre os nossos atos e o nosso destino". "Todos os Espíritos se tornarão perfeitos. Uns, alcançam mais ou menos rápido o estado de perfeição; outros, demoram mais a alcançar esse estado, mas, de qualquer forma, todos evoluem. Às vezes podem permanecer, por longo tempo, estacionários, mas não retrogradam." - Victor Ribas Carneiro. O Livro dos Espíritos faz bem a referência ao que seja a reencarnação. Na questão 166 - a alma que não alcançou a depuração durante a vida corpórea , sofre , o espírito, a prova de uma nova existência. E, na questão 166 B, "A alma passa então por muitas existências corporais? - "Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles." Na reencarnação há o esquecimento das vidas precedentes, pelo estado latente das faculdades do espírito ao nascer na nova encarnação. De acordo com Léon Denis: "A lei dos renascimentos explica e completa o princípio da imortalidade". Bibliografia de consultas - O Livro dos Espíritos - Alan Kardec - Editora FEB 84ª edição. - A Gênese - Alan Kardec - Editora FEB 38ª edição. - O Porquê da Vida - Léon Denis - Editora FEB 20ª edição. - O Problema do Ser, do Destino e da Dor - Léon Denis - Editora FEB 26ª edição - Obras Póstumas - Alan Kardec - Editora FEB - ABC do Espiritismo - Victor Ribas Carneiro - Editora FEB - 1996 - Bíblia Sagrada - Novo Testamento - Evangelho de Mateus. D) Pluralidade dos Mundos Habitados Os Espíritas acreditam que o planeta Terra é apenas um dos planetas que habitados no Universo, não sendo , portanto , o único. No evangelho, em João, Cap. XIV, vv. 1 a 4 , " ....Na casa de meu Pai há muitas moradas...." Nas reencarnações , um mesmo Espírito permanece no mesmo mundo até que haja adquirido a soma de conhecimentos e o grau de perfeição que esse mundo comporta. Assim , os Espíritos deixam aquele do qual nada mais podem auferir por um mundo mais adiantado. Não é apenas na Terra que encarnamos, podemos encarnar em vários mundos, conforme a necessidade do crescimento espiritual, no entanto, a Terra é um dos mais materiais e inferiores. Muito embora, possamos ter vivido em outros mundos, podemos voltar a um outro mundo de natureza inferior em caráter de missão, e neste caso estará havendo progresso como se em qualquer outro planeta. Deus ao criar os mundos , não o fez na intenção de adornar o espaço, mas sim para servir de moradas aos Espíritos que passam por eles, seguindo na sua trajetória de evolução. Os mundos , à medida que alcançam condições favoráveis à vida, ela surge. Assim, também os mundos existem em seu grau de evolução, havendo, portanto, mundos inferiores e mundos superiores à Terra. E nesta trajetória para alcançar a perfeição e a Felicidade, não é necessário que o Espírito tenha que reencarnar em todos os mundos, pois há mundos correspondentes a cada grau de uma mesma escala e nada de novo seria acrescentado ao aprendizado dos Espíritos. Como mostrado no princípio da reencarnação, a pluralidade de existências do Espírito em um mesmo globo tem o objetivo de que seja atingido novo estágio evolutivo superior ao anterior. A Constituição Física dos Mundos não é a mesma e os Seres que os habitam possuem organismos adequados ao ambiente de cada mundo. Ainda, os Espíritos que habitam os mundos são de diversas categorias, do mesmo modo como o é aqui na Terra. No Livro dos Espíritos esta questão da pluralidade de mundos encontramos nos quesitos 172 a 188. Bibliografia de consultas - O Livro dos Espíritos - Alan Kardec - Editora FEB 84ª edição. - A Gênese - Alan Kardec - Editora FEB 38ª edição. - ABC do Espiritismo - Victor Ribas Carneiro - Editora FEB - 1996 - Bíblia Sagrada - Novo Testamento - Evangelho de Mateus.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA: A MENSAGEM ESPÍRITA A mensagem espírita(panfleto/folhetim) é um meio de divulgação da Doutrina Espírita que leva amparo e socorro p...

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA: A MENSAGEM ESPÍRITA A mensagem espírita(panfleto/folhetim) é um meio de divulgação da Doutrina Espírita que leva amparo e socorro p...

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA

Centro Espírita Meimei Virtual: A MENSAGEM ESPÍRITA: A MENSAGEM ESPÍRITA A mensagem espírita(panfleto/folhetim) é um meio de divulgação da Doutrina Espírita que leva amparo e socorro p...

domingo, 26 de agosto de 2012

SOBRE A DOUTRINA ESPÍRITA

1. Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Deus é eterno, único, imaterial, imutável, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Deve ser infinito em todas as suas perfeições, pois se supuséssemos um único de seus atributos imperfeito, ele não seria mais Deus. 2. Deus criou a matéria que constitui os mundos; também criou seres inteligentes que chamamos de Espíritos, encarregados de administrar os mundos materiais segundo as leis imutáveis da criação, e que são perfectíveis por sua natureza. Aperfeiçoando-se, eles se aproximam da Divindade. 3. O espírito propriamente dito é o princípio inteligente; sua natureza íntima nos é desconhecida; para nós ele é imaterial, porque não tem nenhuma analogia com o que chamamos matéria. 4. Os Espíritos são seres individuais; têm um envoltório etéreo, imponderável, chamado perispírito, espécie de corpo fluídico, semelhante à forma humana. Povoam os espaços, que percorrem com a rapidez do raio, e constituem o mundo invisível. 5. A origem e o modo de criação dos Espíritos nos são desconhecidos; só sabemos que são criados simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo, pois Deus, em sua justiça, não podia isentar uns do trabalho que teria imposto aos outros para chegar à perfeição. No princípio, ficam em uma espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência. 6. Desenvolvendo-se o livre arbítrio nos Espíritos ao mesmo tempo que as idéias, Deus lhes diz: "Vocês podem aspirar à felicidade suprema, assim que tiverem adquirido os conhecimentos que lhes faltam e cumprido a tarefa que lhes imponho. Então trabalhem para seu engrandecimento; este é o objetivo; irão atingi-lo seguindo as leis que gravei em sua consciência." Em consequência de seu livre arbítrio, uns tomam o caminho mais curto, que é o do bem, outros o mais longo, que é o do mal. 7. Deus não criou o mal; estabeleceu leis, e essas leis são sempre boas, porque ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria perfeitamente feliz; mas os Espíritos, tendo seu livre arbítrio, nem sempre as observaram, e o mal veio de sua desobediência. Pode-se então dizer que o bem é tudo o que é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é contrário a essa mesma lei. 8. Para cooperar, como agentes do poder divino, com a obra dos mundos materiais, os Espíritos revestem-se temporariamente de um corpo material. Pelo trabalho de que sua existência corpórea necessita, eles aperfeiçoam sua inteligência e adquirem, observando a lei de Deus, os méritos que devem conduzi-los à felicidade eterna. 9. A encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como uma punição; ela é necessária ao seu desenvolvimento e para a realização das obras de Deus, e todos devem resignar-se a ela, tomem o caminho do bem ou do mal; só que os que seguem o caminho do bem, avançando mais rapidamente, demoram menos a chegar ao fim e lá chegam em condições menos penosas. 10. Os Espíritos encarnados constituem a humanidade, que não está circunscrita à Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados peloespaço. 11. A alma do homem é um Espírito encarnado. Para auxiliá-lo no cumprimento de sua tarefa; Deus lhe deu, como auxiliares, os animais; que lhe são submissos e cuja inteligência e caráter são proporcionais às suas necessidades. 12. O aperfeiçoamento do Espírito é o fruto de seu próprio trabalho; não podendo, em uma única existência corpórea, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que devem conduzi-lo ao objetivo, ele aí chega por uma sucessão de existências, dando em cada uma delas alguns passos adiante no caminho do progresso. 13. Em cada existência corpórea o Espírito deve cumprir uma missão proporcional a seu desenvolvimento; quanto mais ela for rude e laboriosa, maior seu mérito em cumpri-la. Cada existência é, assim, uma prova que o aproxima do alvo. O número de suas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito de abreviá-las, trabalhando ativamente em seu aperfeiçoamento moral; assim como depende da vontade do operário que tem de realizar um trabalho abreviar o número de dias para sua execução. 14. Quando uma existência foi mal empregada, não aproveitou o Espírito, que deve recomeçá-la em condições mais ou menos penosas, em razão de sua negligência e de sua má vontade; assim é que, na vida, podemos ser obrigados a fazer no dia seguinte o que não fizemos no anterior, ou a refazer o que fizemos mal. 15. A vida espiritual é a vida normal do Espírito: ela é eterna; a vida corpórea é transitória e passageira: é apenas um instante na eternidade. 16. No intervalo de suas existências corpóreas, o Espírito é errante. Não por duração determinada; nesse estado o espírito é feliz ou infeliz de acordo com o bom ou mau emprego de sua última existência; ele estuda as causas que apressaram ou retardaram seu desenvolvimento; toma resoluções que tentará pôr em prática na próxima encarnação e escolhe, ele mesmo, as provas que considera mais adequadas ao seu progresso; mas algumas vezes ele se engana, ou sucumbe não mantendo como homem as resoluções que tomou como Espírito. 17. O Espírito culpado é punido pelos sofrimentos morais no mundo dos Espíritos, e pelas penas físicas na vida corpórea. Suas aflições são conseqüências de suas faltas, quer dizer, de sua infração à lei de Deus; de modo que constituem simultaneamente uma expiação do passado e uma prova para o futuro é assim que o orgulhoso pode ter uma existência de humilhação, o tirano uma vida de servidão; o rico mau uma encarnação de miséria. 18. Há mundos apropriados aos diferentes graus de avanço dos Espíritos, onde a existência corpórea acha-se em condições muito diferentes. Quanto menos o Espírito é adiantado, mais os corpos de que se reveste são pesados e materiais; à medida em que se purifica, passa para mundos superiores moral e fisicamente. A Terra não é o primeiro nem o último, mas um dos mundos mais atrasados. 19. Os Espíritos culpados são encarnados em mundos menos adiantados, onde expiam suas faltas pelas tribulações da vida material. Esses mundos são para eles verdadeiros purgatórios, dos quais depende deles sair, trabalhando em seu progresso moral. A Terra é um desses mundos. 20. Deus, sendo soberanamente justo e bom, não condena suas criaturas a castigos perpétuos pelas faltas temporárias; oferece-lhes em qualquer ocasião meios de progredir e reparar a mal que elas praticaram. Deus perdoa, mas exige o arrependimento, a reparação e o retorno ao bem, de modo que a duração do castigo é proporcional à persistência do Espírito no mal; conseqüentemente, o castigo seria eterno para aquele que permanecesse eternamente na mau caminho, mas, assim que um sinal de arrependimento entra no coração do culpado, Deus estende sobre ele sua misericórdia. A eternidade das penas deve assim ser entendida no sentido relativo, e não no sentido absoluto. 21. Os Espíritos, encarnando-se, trazem com eles o que adquiriram em suas existências precedentes; é a razão por que os homens mostram instintivamente aptidões especiais; inclinações boas ou más que lhes parecem inatas. As más inclinações naturais são os vestígios das imperfeições do Espírito, dos quais ele não se despojou inteiramente; são também os indícios das faltas que ele cometeu, e o verdadeiro pecado original. A cada existência ele deve lavar-se de algumas impurezas. 22. O esquecimento das existências anteriores é uma graça de Deus que, em sua bondade, quis poupar ao homem lembranças freqüentemente penosas. Em cada nova existência, o homem é o que ele fez de si mesmo; é para ele um novo ponto de partida - ele conhece seus defeitos atuais, sabe que esses defeitos são a conseqüência dos que tinha, tira conclusões do mal que pôde ter cometido, e isso lhe basta para trabalhar, corrigindo-se. Se tinha outrora defeitos que não tem mais, não tem mais que preocupar-se com eles; bastam-lhe as imperfeições presentes. 23. Se a alma ainda não existiu, é que foi criada ao mesmo tempo que o corpo; nessa suposição, ela não pode ter nenhuma relação com as que a precederam. Pergunta-se, então, como Deus, que é soberanamente justo e bom, pode tê-la feito responsável pelo erro do pai do gênero humano, maculando-a com um pecado original que ela não cometeu. Dizendo, ao contrário, que ela traz ao renascer o germe das imperfeições de suas existências anteriores, que ela sofre na existência atual as conseqüências de suas faltas passadas, dá-se do pecado original uma explicação lógica que todos podem compreender e admitir, porque a alma só é responsável por suas próprias obras. 24. A diversidade das aptidões inatas, morais e intelectuais, é a prova de que a alma já viveu; se tivesse sido criada ao mesmo tempo que o corpo atual, não estaria de acordo com a bondade de Deus ter feito umas mais avançadas que as outras. Por que selvagens e homens civilizados, bons e maus; tolos e brilhantes? Dizendo-se que uns viveram mais que os outros e mais adquiriram, tudo se explica. 25. Se a existência atual fosse única e devesse decidir sozinha sobre o futuro da alma para a eternidade, qual seria o destino das crianças que morrem em tenra idade? Não tendo feito nem bem nem mal, elas não merecem nem recompensas nem punições. Segundo a palavra do Cristo, sendo cada um recompensado segundo suas obras, elas não têm direito à felicidade perfeita dos anjos, nem merecem ser dela privadas. Diga-se que poderão, em uma outra existência, realizar o que não puderam naquela que foi abreviada, e não há mais exceções. 26. Pelo mesmo motivo, qual seria a sorte dos cretinos, idiotas? Não tendo nenhuma consciência do bem e do mal, não têm nenhuma responsabilidade por seus atos. Deus seria justo e bom tendo criado almas estúpidas para destiná-las a uma existência miserável e sem compensações? Admita-se, pelo contrário, que a alma do idiota e do cretino é um Espírito em punição dentro de um corpo impróprio para exprimir seu pensamento, onde ele é como um homem fortemente aprisionado por laços, e não se terá mais nada que não seja conforme com a justiça de Deus. 27. Em suas encarnações sucessivas, o Espírito, sendo pouco a pouco despojado de suas impurezas e aperfeiçoado pelo trabalho, chega ao termo de suas existências corpóreas; pertence então à ordem dos Espíritos puros ou dos anjos, e goza simultaneamente da vida completa de Deus e de uma felicidade imperturbável pela eternidade. 28. Estando os homens em expiação na terra, Deus, como bom pai, não os entregou a si mesmos sem guias. Eles têm primeiro seus Espíritos protetores ou anjos guardiães, que velam por eles e se esforçam para conduzi-los ao bom caminho; têm ainda os Espíritos em missão na terra, Espíritos superiores encarnados de quando em quando entre eles para lhes iluminar o caminho através de seus trabalhos e fazer a humanidade avançar. Se bem que Deus tenha gravado sua lei na consciência, ele achou que devia formulá-la de maneira explícita; mandou primeiro Moisés, mas as leis de Moisés estavam ajustadas aos homens de seu tempo; ele só lhes falou da vida terrestre, de penas e de recompensas temporais. O Cristo veio depois completar a lei de Moisés através de um ensinamento mais elevado: a pluralidade das existências[9], a vida espiritual, mas as penas e as recompensas morais. Moisés os conduziu pelo medo, o Cristo pelo amor e pela caridade. 29. O Espiritismo, mais bem entendido hoje, acrescenta, para os incrédulos a evidência à teoria; prova o futuro com fatos patentes; diz em termos claros e sem equívoco o que o Cristo disse em parábolas; explica as verdades desconhecidas ou falsamente interpretadas; revela a existência do mundo invisível ou dos Espíritos, e inicia o homem nos mistérios da vida futura; vem combater o materialismo, que é uma revolta contra o poder de Deus; vem enfim estabelecer entre os homens o reino da caridade e da solidariedade anunciado pelo Cristo. Moisés lavrou, o Cristo semeou, o Espiritismo vem colher. 30. O Espiritismo não é uma luz nova, mas uma luz mais brilhante, porque surgiu de todos os pontos do globo através daqueles que viveram. Tornando evidente o que era obscuro, põe fim às interpretações errôneas, e deve unir os homens em uma mesma crença, porque não há senão um Deus, e suas leis são as mesmas para todos; ele marca enfim a era dos tempos preditos pelo Cristo e pelos profetas. 31. Os males que afligem os homens na terra têm como causa o orgulho, o egoísmo e todas as más paixões. Pelo contato de seus vícios, os homens tornam-se reciprocamente infelizes e punem-se uns aos outros. Que a caridade e a humildade substituam o egoísmo e o orgulho, então eles não quererão mais prejudicar-se; respeitarão os direitos de cada um e farão reinar entre eles a concórdia e a justiça. 32. Mas como destruir o egoísmo e o orgulho, que parecem inatos no coração do homem? - O egoísmo e o orgulho estão no coração do homem, porque os homens são espíritos que seguiram desde o princípio o caminho do mal, e que foram exilados na terra como punição desses mesmos vícios; é o seu pecado original, de que muitos não se despojaram. Através do Espiritismo, Deus vem fazer um último apelo para a prática da lei ensinada pelo Cristo: a lei de amor e de caridade. 33. Tendo a terra chegado ao tempo marcado para tornar-se uma morada de felicidade e de paz, Deus não quer que os maus Espíritos encarnados continuem a trazer para ela a perturbação, em prejuízo dos bons; é por isso que eles deverão deixá-la: Irão expiar seu empedernimento em mundos menos evoluídos; onde trabalharão de novo para seu aperfeiçoamento em uma série de existências mais infelizes e mais penosas ainda que na terra. Eles formarão nesses mundos uma nova raça mais esclarecida, cuja tarefa será levar o progresso aos seres atrasados que neles habitam, pelos conhecimentos que já adquiriram. Só sairão para um mundo melhor quando tiverem merecido, e assim por diante, até que tenham atingido a purificação completa: Se a terra era para eles um purgatório, esses mundos serão seu inferno, mas um inferno de onde a esperança nunca está banida[10]. 34. Enquanto a geração proscrita vai desaparecer rapidamente; surge uma nova geração, cujas crenças serão fundadas no Espiritismo cristão. Nós assistimos à transição que se opera, prelúdio da renovação moral cuja chegada o Espiritismo marca. MÁXIMAS EXTRAÍDAS DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS 35. O objetivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos homens. Não é preciso procurar nele senão o que pode ajudá-lo para o progresso moral e intelectual. 36. O verdadeiro Espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que faz bom proveito do ensinamento dado pelos Espíritos. Nada adianta acreditar se a crença não faz com que se dê um passo adiante no caminho do progresso e que não o faça melhor para com o próximo. 37. O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como contraveneno: a caridade e a humildade. 38. A crença no Espiritismo só é proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje está melhor do que ontem. 39. A importância que o homem atribui aos bens temporais está na razão inversa de sua fé na vida espiritual; é a dúvida sobre o futuro que o leva a procurar suas alegrias neste mundo, satisfazendo suas paixões, ainda que às custas do próximo. 40. As aflições na terra são os remédios da alma; elas salvam para o futuro, como uma operação cirúrgica dolorosa salva a vida de um doente e lhe devolve a saúde. É por isso que o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, pois eles serão consolados." 41. Nas suas aflições, olhe abaixo de você e não acima; pense naqueles que sofrem ainda mais que você. 42. O desespero é natural para aquele que crê que tudo acaba com a vida do corpo; é um contra-senso para aquele que tem fé no futuro. 43. O homem é muitas vezes o artesão de sua própria infelicidade neste mundo; se ele voltar à fonte de seus infortúnios, verá que a maior parte deles são o resultado de sua imprevidência, de seu orgutho e avidez, conseqüentemente, de sua infração às leis de Deus. 44. A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. 45. Aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal, e Deus envia-lhe bons Espíritos para assisti-lo. É um auxílio que nunca é recusado, quando é pedido com sinceridade. 46. O essencial não é orar muito, mas orar bem. Certas pessoas crêem que todo o mérito está na extensão da prece, enquanto fecham os olhos para seus próprios defeitos. A prece é para eles uma ocupação, um emprego do tempo, mas não uma análise de si mesmos. 47. Aquele que pede a Deus o perdão de seus erros não o obtém senão mudando de conduta. As boas ações são a melhor das preces, pois os atos valem mais que as palavras. 48. A prece é recomendada por todos os bons Espíritos; é, além disso, pedida por todos os Espíritas imperfeitos como um meio de tornar mais leves seus sofrimentos. 49. A prece não pode mudar os desígnios da Providência; mas, vendo que há interesse por eles, os Espíritos sofredores se sentem menos desamparados; tornam-se menos infelizes; ela exalta sua coragem, estimula neles o desejo de elevar-se pelo arrependimento e reparação, e pode desvia-los do pensamento do mal. É nesse sentido que ela pode não só aliviar, mas abreviar seus sofrimentos. 50. Cada um ore segundo suas convicções e o modo que acredita mais conveniente, pois a forma não é nada, o pensamento é tudo; a sinceridade e a pureza de intenção é o essencial; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras, que se assemelham ao barulho de um moinho e onde o coração não está. 51. Deus fez homens fortes e poderosos para que fossem sustentáculos dos fracos; o forte que oprime o fraco é advertido por Deus; em geral ele recebe o castigo nesta vida, sem prejuízo do futuro. 52. A fortuna é um depósito cujo possuidor é tão-somente o usufrutuário, já que não a leva com ele para o túmulo; ele prestará rigorosas contas do emprego que fez dela. 53. A fortuna é uma prova mais arriscada que a miséria, porque é uma tentação para o abuso e os excessos, e porque é mais difícil ser moderado que ser resignado. 54. O ambicioso que triunfa e o rico que se sustenta de prazeres materiais são mais de se lamentar que de se invejar, pois é preciso ter em conta o retorno. O Espiritismo, pelos terríveis exemplos dos que viveram e que vêm revelar sua sorte, mostra a verdade desta afirmação do Cristo: "Aquele que se orgulha será humilhado e aquele que se humilha será elevado." 55. A caridade é a lei suprema do Cristo: "Amem-se uns aos outros como irmãos; - ame seu próximo como a si mesmo; perdoe seus inimigos; - não faça a outrem o que não gostaria que lhe fizessem"; tudo isso se resume na palavra caridade. 56. A caridade não está só na esmola pois há a caridade em pensamentos, em palavras e em ações. Aquele caridoso em pensamentos, é indulgente para com as faltas do próximo; caridoso em palavras, não diz nada que possa prejudicar seu próximo; caridoso em ações, assiste seu próximo na medida de suas forças. 57. O pobre que divide seu pedaço de pão com um mais pobre que ele é mais caridoso e tem mais mérito aos olhos de Deus que o que dá o que lhe é superfluo, sem se privar de nada. 58. Aquele que nutre contra seu próximo sentimentos de animosidade, ódio, ciúme e rancor, falta à caridade; ele mente, se se diz cristão, e ofende a Deus. 59. Homens de todas as castas, de todas as seitas e de todas as cores, vocês são todos irmãos, pois Deus os chama a todos para ele; estendam-se pois as mãos, qualquer que seja sua maneira de adorá-lo, e não atirem o anátema, pois o anátema é a violação da lei de caridade proclamada pelo Cristo. 60. Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz. A caridade, constituindo a base de suas instituições, pode assim, por si só, garantir a felicidade deles neste mundo; segundo as palavras do Cristo, só ela pode também garantir sua felicidade futura, pois encerra implicitamente todas as virtudes que podem levá-los à perfeição. Com a verdadeira caridade, tal como a ensinou e praticou o Cristo, não mais o egoísmo, o orgulho, o ódio, a inveja, a maledicência; não mais o apego desordenado aos bens deste mundo. É por isso que o Espiritismo cristão tem como máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS (SEKM) GRUPO DA DISTRIBUIÇÃO DA MENSAGEM ESPÍRITA MEIMEI (GDMEM) QNN-09- CONJ: C LOTE: 03 CEILANDIA – DF CEP-72.225-093 (ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA) -CNPJ:13980.844/0001-98(SEKM) -CNPJ:05334279/0001-63(GDMEM) A SEKM e o GDMEM – são entidades espíritas sem fins lucrativos que seguem os ensinos de Jesus cristo com as orientações de Allan Kardec. Fabricam e distribuem mensagens espíritas (panfletos/folhetins) para serem distribuídas em todo o Brasil. São entidades especialistas na divulgação espírita através da fabricação da mensagem espírita e realização de palestras, cursos encontros espíritas . Tem sede administrativa em Planaltina- DF. DEUS, CRISTO E CARIDADE Queridos Irmãos, Que a paz de Jesus esteja presente no coração dos irmãos. Queremos informar que a partir esse mês estaremos enviando para sua casa espírita mensagens espíritas (folhetins) para difusão do espiritismo. São mensagens de espíritos como emmanuel, meimei e outros psicografados por Francisco Candido Xavier . Estamos nos colocando ainda a disposição para realizar palestras ou cursos em sua casa espírita . Esperamos colaborar na divulgação da doutrina juntamente com os irmãos. Que a paz do mestre divino esteja presente em vossos corações.Para agendar palestra aguardamos o contato.O tema é de escolha dos irmãos. Planaltina-DF ___/____/____ Contatos: Presidência 0xx61- 8229-9379 ( Marcelo Paulo )Tim Email: igdmem@yahoo.com.br centroespiritameimeivirtual@hotmail.com mpaulocezar@yahoo.com.br Blog: Sociedade espírita kardecista mensageiros/GDMEM(busque no google) Centro espírita Meimei virtual (busque no Google) FaceBook: GDMEM SEKM Centro espírita meimei virtual

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O GRUPO DA DISTRIBUIÇÃO DE MENSAGENS ESPÍRITA MEIMEI(GDMEM) e a SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS(SEKM) são entidades espíritas especializadas na fabricação e distribuição de mensagens espíritas (panfletos/folhetins) para todo o Brasil.Segue os ensinamentos de Jesus Cristo e a pureza doutrinária contida nas obras de Allan Kardec.Visa a difusão do espiritismo.Não possuem destinção de nenhuma natureza e são sem fins lucrativos.Divulga o espiritismo através de Encontros espíritas(CONEF),internet e todos os meios que não firam a moral evangélica e doutrinaria da Doutrina Espírita.Segue o lema "DEUS,CRISTO E CARIDADE.

terça-feira, 17 de abril de 2012

20 SERVIÇOS QUE O ESPIRITISMO FAZ POR VOCÊ

0 Serviços que o Espiritismo faz por você 1 – Integra você no conhecimento de sua posição de criatura eterna e responsável, diante da vida. 2 – Expõe o sentido real das lições do CRISTO e de todos os outros mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta. 3 – Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte, provando que “ela” não existe! 4 – Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais. 5 – Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que o instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito. 6 – Tranquiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração. 7 – Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da presença Divina é a consciência. 8 – Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa. 9 – Elimina a maior parte das preocupações acerca do futuro além da “morte”. 10 – Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados. 11 – Entrega-lhe o conhecimento da Mediunidade. 12 – Traça-lhe providência para o combate ou para a cura da obsessão. 13 – Concede-lhe o direito à fé raciocinada. 14 – Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever. 15 - Auxilia você a revisar e revalorizar os seus conceitos de trabalho e tempo. 16 – Concede-lhe a certeza natural de que se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios. 17 – Garante-lhe serenidade e paz diante das calúnias ou das críticas. 18 – Ensina você a considerar adversários por instrutores. 19 – Explica-lhe que, por maiores que sejam as dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação. 20 – Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo suas obras pessoais. André Luiz

O que é o espiritismo(FEB)

Síntese: O que é o Espiritismo O QUE É * É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. * “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo) * “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança. Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – Preâmbulo) O QUE REVELA * Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo dos Homens, dos Espíritos e das Leis a que regem a vida. * Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento. SUA ABRANGÊNCIA * Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humano, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade. * Pode e deve ser estudado, analisando e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral educacional, social. SEUS ENSINOS FUNDAMENTAIS * Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. * O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais. * Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. * No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens. * Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abragem tanto as leis físicas como as leis morais. * O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material. * Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. * Os espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. * Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação. * Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento. * Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição. * Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores. * As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-los com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro. * Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. * A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade. * O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações. * A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus. * A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador. * A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade. PRÁTICAS ESPÍRITAS * Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de graça receberes". * A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. * O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, catomancia, pirâmedes, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior. * O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los. * A mediunidade, que permite a comunicação dos Espiritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da regilião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. * Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutria Espírita e dentro da moral cristã. * O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza". Fonte: FEB - Federação Espírita Brasileira

sexta-feira, 13 de abril de 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: DOUTRINA ESPÍRITA

Centro Espírita Meimei Virtual: DOUTRINA ESPÍRITA: DOUTRINA ESPÍRITA Emmanuel - "Toda crença é respeitável. No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade. Toda relig...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: JESUS SEGUNDO A DOUTRINA ESPIRITA

Centro Espírita Meimei Virtual: JESUS SEGUNDO A DOUTRINA ESPIRITA: Quem é Jesus e qual a sua missão Segundo espiritismo? "625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de...

Centro Espírita Meimei Virtual: A REENCARNAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Centro Espírita Meimei Virtual: A REENCARNAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO: A reencarnação segundo o Evangelho “O que é nascido na carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito”. (João, 3:6) A Reencarnação,...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: O QUE É E O QUE NÃO É O ESPIRITISMO

Centro Espírita Meimei Virtual: O QUE É E O QUE NÃO É O ESPIRITISMO: SOCIEDADE ESPIRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM-Brasília-Planaltina(DF) Existe uma confusão muito grande a respeito do que é ou não é Dou...

sábado, 31 de março de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: O HOMEM DE BEM

Centro Espírita Meimei Virtual: O HOMEM DE BEM: O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a co...

sexta-feira, 30 de março de 2012

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI (ESE)

Há muitas moradas na casa de meu Pai ------------------------------------------------------------------- - Cap. III - Tema: Ha' muitas moradas na Casa de meu Pai ------------------------------------------------------------------- * Nao se turbe o vosso coracao. - Credes em Deus, crede tambem em mim. Ha muitas moradas na casa de meu Pai; se assim nao fosse, ja' eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, tambem vos ai estejais. ( S. JOAO, cap. XIV, vv. 1 a 3.) * A casa do Pai e' o Universo. As diferentes moradas sao os mundos que circulam no espaco infinito e oferecem, aos Espiritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espiritos. * Conforme se ache o espiritos, na erratacidade, mais ou menos depurado e desprendido dos lacos materiais, variarao ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensacoes que experimente, as percepcoes que tenha. * Do ensino dado pelos Espiritos, resulta que muito diferentes umas das outras sao as condicoes dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. * Nos mundos inferiores, a existencia e' toda material, reinam soberanas as paixoes, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influencia da materia, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida e, por assim dizer, toda espiritual. * Nos mundos intermedios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. * A Terra pertence 'a categoria dos mundos de expiacao e provas, razao por que ai´ vive o homem a bracos com tantas miserias. * Os Espiritos que encarnam em um mundo nao se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeicao. Quando, em um mundo, eles alcancam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, ate' que cheguem ao estado de puros Espiritos. Sao outras tantas estacoes, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que ja' conquistaram. E-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como e' um castigo o prolongarem a sua permanencia em um mundo desgracado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se veem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal. B - Questao para estudo e dialogo virtual: 1 - Com que proposito Jesus nos disse: "Nao se turbe o vosso coracao"? Há muitas moradas na casa de meu Pai - Conclusão Voltar ao estudo ------------------------------------------------------------------- Ha' muitas moradas na Casa de meu Pai ------------------------------------------------------------------- A - Conclusao do estudo: Jesus nos prepara o lugar, mas so' teremos acesso a ele quando libertados de nossas imperfeicoes e, purificados pelo amor, nos reconhecermos com direito 'a morada celeste. B - Questao para estudo e dialogo virtual: 1 - Com que proposito Jesus nos disse: "Nao se turbe o vosso coracao"? Sabendo quanto preocupa e atemoriza o homem a ideia da morte, e como e' grande a dor que sente aquele que se separa de um ente amado pela desencarnacao, Jesus nos aconselha a serenidade e a resignacao, pois o espirito vive sempre, ainda que nao o possamos ver. "Nao se turbe o vosso coracao", diz-nos Jesus, mostrando-nos que, alem das fronteiras do mundo fisico, nos aguardam a paz e a bem-aventuranca, reservadas aos que observam as leis de Deus.

quinta-feira, 22 de março de 2012

DA PROIBIÇÃO DE ENVOCAR OS MORTOS

DA PROIBIÇÃO DE EVOCAR OS MORTOS Allan Kardec 1. - A Igreja de modo algum nega a realidade das manifestações. Ao contrário, como vimos nas citações precedentes, admite-as totalmente, atribuindo-as à exclusiva intervenção dos demônios. É debalde invocar os Evangelhos como fazem alguns para justificar a sua interdição, visto que os Evangelhos nada dizem a esse respeito. O supremo argumento que prevalece é a proibição de Moisés. A seguir damos os termos nos quais se refere ao assunto a mesma pastoral que citamos nos capítulos precedentes: "Não é permitido entreter relações com eles (os Espíritos), seja imediatamente, seja por intermédio dos que os evocam e interrogam. A lei moisaica punia os gentios. Não procureis os mágicos, diz o Levítico, nem procureis saber coisa alguma dos adivinhos, de maneira a vos contaminardes por meio deles. (Cap. XIX, v. 31.) Morra de morte o homem ou a mulher em quem houver Espírito pitônico; sejam apedrejados e sobre eles recaia seu sangue. (Cap. XX, v. 27.) O Deuteronômio diz: Nunca exista entre vós quem consulte adivinhos, quem observe sonhos e agouros, quem use de malefícios, sortilégios, encantamentos, ou consultem os que têm o Espírito pitônico e se dão a práticas de adivinhação interrogando os mortos. O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa entrada, as nações que cometem tais crimes." (Cap. XVIII, vv. 10, 11 e 12.) 2. - É útil, para melhor compreensão do verdadeiro sentido das palavras de Moisés, reproduzir por completo o texto um tanto abreviado na citação antecedente. Ei-lo: "Não vos desvieis do vosso Deus para procurar mágicos; não consulteis os adivinhos, e receai que vos contamineis dirigindo-vos a eles. Eu sou o Senhor vosso Deus." ( Levítico, cap. XIX, v. 31.) O homem ou a mulher que tiver Espírito pitônico, ou de adivinho, morra de morte. Serão apedrejados, e o seu sangue recairá sobre eles." (Idem, cap. XX, v. 27.) Quando houverdes entrado na terra que o Senhor vosso Deus vos há de dar, guardai-vos; tomai cuidado em não imitar as abominações de tais povos; - e entre vós ninguém haja que pretenda purificar filho ou filha passando-os pelo fogo; que use de malefícios, sortilégios e encantamentos: que consulte os que têm o Espírito de Píton e se propõem adivinhar, interrogando os mortos para saber a verdade. O Senhor abomina todas essas coisas e exterminará todos esses povos, à vossa entrada, por causa dos crimes que têm cometido. ( Deuteronômio, cap. XVIII, vv. 9, 10, 11 e 12.) 3. - Se a lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada neste ponto, força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações e má em outras de suas partes? É preciso ser conseqüente. Desde que se reconhece que a lei moisaica não está mais de acordo com a nossa época e costumes em dados casos, a mesma razão procede para a proibição de que tratamos. Demais, é preciso expender os motivos que justificavam essa proibição e que hoje se anularam completamente. O legislador hebreu queria que 'o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos, como se infere destas palavras de Isaías: "O Espírito do Egito se aniquilará de si mesmo e eu precipitarei seu conselho; eles consultarão seus ídolos, seus adivinhos, seus pítons e seus mágicos." (Cap. XIX, v. 3.) Os israelitas não deviam contratar alianças com as nações estrangeiras, e sabido era que naquelas nações que iam combater encontrariam as mesmas práticas. Moisés devia pois, por política, inspirar aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contacto com o inimigo. Para justificar essa aversão, preciso era que apresentasse tais práticas como reprovadas pelo próprio Deus, e dai estas palavras: - "O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa chegada, as nações que cometem tais crimes." 4. - A proibição de Moisés era assaz justa, porque a evocação dos mortos não se originava nos sentimentos de respeito, afeição ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, tal como nos augúrios e presságios explorados pelo charlatanismo e pela superstição. Essas práticas, ao que parece, também eram objeto de negócio, e Moisés, por mais que fizesse, não conseguiu desentranhá-las dos costumes populares. As seguintes palavras do profeta justificam o asserto: - "Quando vos disserem: Consultai os mágicos e adivinhos que balbuciam encantamentos, respondei: - Não consulta cada povo ao seu Deus? E aos mortos se fala do que compete aos vivos?" (Isaías, cap. VIII, v. 19.) "Sou eu quem aponta a falsidade dos prodígios mágicos; quem enlouquece os que se propõem adivinhar, quem transtorna o espírito dos sábios e confunde a sua ciência vã." (Cap. XLIV, v. 25.) "Que esses adivinhos, que estudam o céu, contemplam os astros e contam os meses para fazer predições, dizendo revelar-vos o futuro, venham agora salvar-vos. - Eles tornaram-se como a palha, e o fogo os devorou; não poderão livrar suas almas do fogo ardente; não restarão das chamas que despedirem, nem carvões que possam aquecer, nem fogo ao qual se possam sentar. - Eis ao que ficarão reduzidas todas essas coisas das quais vos tendes ocupado com tanto afinco: os traficantes que convosco traficam desde a infância foram-se, cada qual para seu lado, sem que um só deles se encontre que vos tire os vossos males." (Cap. XLVII, vv. 13, 14 e 15.) Neste capítulo Isaías dirige-se aos babilônios sob a figura alegórica "da virgem filha de Babilônia, filha de caldeus". (v. 1.) Diz ele que os adivinhos não impedirão a ruína da monarquia. No seguinte capítulo dirige-se diretamente aos israelitas. "Vinde aqui vós outros, filhos de uma agoureira, raça dum homem adúltero e de uma mulher prostituída. - De quem vos rides vós? Contra quem abristes a boca e mostrastes ferinas línguas? Não sois vós filhos perversos de bastarda raça - vós que procurais conforto em vossos deuses debaixo de todas as frontes, sacrificando-lhes os tenros filhinhos nas torrentes, sob os rochedos sobranceiros? Depositastes a vossa confiança nas pedras da torrente, espalhastes e bebestes licores em sua honra, oferecestes sacrifícios. Depois disso como não se acender a minha indignação?" (Cap. LVII, vv. 3, 4, 5 e 6.) Estas palavras são inequívocas e provam claramente que nesse tempo as evocações tinham por fim a adivinhação, ao mesmo tempo que constituíam comércio, associadas às práticas da magia e do sortilégio, acompanhadas até de sacrifícios humanos. Moisés tinha razão, portanto, proibindo tais coisas e afirmando que Deus as abominava. Essas práticas supersticiosas perpetuaram-se até à Idade Média, mas hoje a razão predomina, ao mesmo tempo que o Espiritismo veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações de além-túmulo. Uma vez, porém, que os espíritas não sacrificam criancinhas nem fazem libações para honrar deuses; uma vez que não interrogam astros, mortos e augures para adivinhar a verdade sabiamente velada aos homens; uma vez que repudiam traficar com a faculdade de comunicar com os Espíritos; uma vez que os não move a curiosidade nem a cupidez, mas um sentimento de piedade, um desejo de instruir-se e melhorar-se, aliviando as almas sofredoras; uma vez que assim é, porque o é - a proibição de Moisés não lhes pode ser extensiva. Se os que clamam injustamente contra os espíritas se aprofundassem mais no sentido das palavras bíblicas, reconheceriam que nada existe de análogo, nos princípios do Espiritismo, com o que se passava entre os hebreus. A verdade é que o Espiritismo condena tudo que motivou a interdição de Moisés; mas os seus adversários, no afã de encontrar argumentos com que rebatam as novas idéias, nem se apercebem que tais argumentos são negativos, por serem completamente falsos. A lei civil contemporânea pune todos os abusos que Moisés tinha em vista reprimir. Contudo, se ele pronunciou a pena última contra os delinqüentes, é porque lhe faleciam meios brandos para governar um povo tão indisciplinado. Esta pena, ao demais, era muito prodigalizada na legislação moisaica, pois não havia muito onde escolher nos meios de repressão. Sem prisões nem casas de correção no deserto, Moisés não podia graduar a penalidade como se faz em nossos dias, além de que o seu povo não era de natureza a atemorizar-se com penas puramente disciplinares. Carecem portanto de razão os que se apóiam na severidade do castigo para provar o grau de culpabilidade da evocação dos mortos. Conviria, por consideração à lei de Moisés, manter a pena capital em todos os casos nos quais ele a prescrevia? Por que, então, reviver com tanta insistência este artigo, silenciando ao mesmo tempo o principio do capítulo que proíbe aos sacerdotes a posse de bens terrenos e partilhar de qualquer herança, porque o Senhor é a sua própria herança? (Deuteronômio, cap. XXVIII, vv. 1 e 2.) 5. - Há duas partes distintas na lei de Moisés: a lei de Deus propriamente dita, promulgada sobre o Sinal, e a lei civil ou disciplinar, apropriada aos costumes e caráter do povo. Uma dessas leis é invariável, ao passo que a outra se modifica com o tempo, e a ninguém ocorre que possamos ser governados pelos mesmos meios por que o eram os judeus no deserto e tampouco que os capitulares de Carlos Magno se moldem à França do século XIX. Quem pensaria hoje, por exemplo, em reviver este artigo da lei moisaica: "Se um boi escornar um homem ou mulher, que disso morram, seja o boi apedrejado e ninguém coma de sua carne; mas o dono do boi será julgado inocente"? ( Êxodo, cap. XXI, vv. 28 e seguintes.) Este artigo, que nos parece tão absurdo, não tinha, no entanto, outro objetivo que o de punir o boi e inocentar o dono, equivalendo simplesmente à confiscação do animal, causa do acidente, para obrigar o proprietário a maior vigilância. A perda do boi era a punição que devia ser bem sensível para um povo de pastores, a ponto de dispensar outra qualquer; entretanto, essa perda a ninguém aproveitava, por ser proibido comer a carne. Outros artigos prescrevem o caso em que o proprietário é responsável. Tudo tinha sua razão de ser na legislação de Moisés, uma vez que tudo ela prevê em seus mínimos detalhes, mas a forma, bem como o fundo, adaptavam-se às circunstâncias ocasionais Se Moisés voltasse em nossos dias para legislar sobre uma nação civilizada, decerto não lhe daria um código igual ao dos hebreus. 6. - A esta objeção opõem a afirmativa de que todas as leis de Moisés foram ditadas em nome de Deus, assim como as do Sinal. Mas julgando-as todas de fonte divina, por que ao decálogo limitam os mandamentos? Qual a razão de ser da diferença? Pois não é certo que se todas essas leis emanam de Deus devem todas ser igualmente obrigatórias? E por que não conservaram a circuncisão, à qual Jesus se submeteu e não aboliu? Ah! esquecem que, para dar autoridade às suas leis, todos os legisladores antigos lhes atribuíam uma origem divina. Pois bem: Moisés, mais que nenhum outro, tinha necessidade desse recurso, atento o caráter do seu povo; e se, a despeito disso, ele teve dificuldade em se fazer obedecer, que não sucederia se as leis fossem promulgadas em seu próprio nome! Não veio Jesus modificar a lei moisaica, fazendo da sua lei o código dos cristãos? Não disse ele: - "Vós sabeis o que foi dito aos antigos, tal e tal coisa, e eu vos digo tal outra coisa?" Entretanto Jesus não proscreveu, antes sancionou a lei do Sinai, da qual toda a sua doutrina moral é um desdobramento. Ora, Jesus nunca aludiu em parte alguma à proibição de evocar os mortos, quando este era um assunto bastante grave para ser omitido nas suas prédicas, mormente tendo ele tratado de outros assuntos secundários. 7. - Finalmente convém saber se a Igreja coloca a lei moisaica acima da evangélica, ou por outra, se é mais judia que cristã. Convém também notar que, de todas as religiões, precisamente a judia é que faz menos oposição ao Espiritismo, porquanto não invoca a lei de Moisés contrária às relações com os mortos, como fazem as seitas cristãs. 8. - Mas temos ainda outra contradição: - Se Moisés proibiu evocar os mortos, é que estes podiam vir, pois do contrário inútil fora a proibição. Ora, se os mortos podiam vir naqueles tempos, também o podem hoje; e se são Espíritos de mortos os que vêm, não são exclusivamente demônios. Demais, Moisés de modo algum fala nesses últimos. É duplo, portanto, o motivo pelo qual não se pode aceitar logicamente a autoridade de Moisés na espécie, a saber: - primeiro, porque a sua lei não rege o Cristianismo; e, segundo, porque é imprópria aos costumes da nossa época. Mas, suponhamos que essa lei tem a plenitude da autoridade por alguns outorgada, e ainda assim ela não poderá, como vimos, aplicar-se ao Espiritismo. É verdade que a proibição de Moisés abrange a interrogação dos mortos, porém de modo secundário, como acessória às práticas da feitiçaria. O próprio vocábulo interrogação, junto aos de adivinho e agoureiro, prova que entre os hebreus as evocações eram um meio de adivinhar; entretanto, os espíritas só evocam mortos para receber sábios conselhos e obter alivio em favor dos que sofrem, nunca para conseguir revelações ilícitas. Certo, se os hebreus usassem das comunicações como fazem os espíritas, longe de as proibir, Moisés acoroçoá-las-ia, porque o seu povo só teria que lucrar. 9. - É certo que alguns críticos jucundos ou mal-intencionados têm descrito as reuniões espíritas como assembléias de necromantes ou feiticeiros, e os médiuns como astrólogos e ciganos, isto porque talvez quaisquer charlatães tenham afeiçoado tais nomes às suas práticas, que o Espiritismo não pode, aliás, aprovar. Em compensação, há também muita gente que faz justiça e testemunha o caráter essencialmente moral e grave das reuniões sérias. Além disso, a Doutrina, em livros ao alcance de todo o mundo, protesta bem alto contra os abusos, para que a calúnia recaia sobre quem merece. 10. - A evocação, dizem, é uma falta de consideração para com os mortos, cujas cinzas devem ser respeitadas. Mas quem é que diz tal? São os antagonistas de dois campos opostos, isto é, os incrédulos que nas almas não crêem, e os crédulos que pretendem que só os demônios, e não as almas, podem vir. Quando a evocação é feita com recolhimento e religiosamente; quando os Espíritos são chamados, não por curiosidade, mas por um sentimento de afeição e simpatia, com desejo sincero de instrução e progresso, não vemos nada de irreverente em apelar-se para as pessoas mortas, como se fizera com os vivos. Há, contudo, uma outra resposta peremptória a essa objeção, e é que os Espíritos se apresentam espontaneamente, sem constrangimento, muitas vezes mesmo sem que sejam chamados. Eles também dão testemunho da satisfação que experimentam por comunicar-se com os homens, e queixam-se às vezes do esquecimento em que os deixam. Se os Espíritos se perturbassem ou se agastassem com os nossos chamados, certo o diriam e não retornariam; porém, nessas evocações, livres como são, se se manifestam, é porque lhes convém. 11. - Ainda uma outra razão é alegada: - As almas permanecem na morada que a justiça divina lhes designa - o que equivale dizer no céu ou no inferno. Assim, as que estão no inferno, de lá não podem sair, posto que para tanto a mais ampla liberdade seja outorgada aos demônios. As do céu, inteiramente entregues à sua beatitude, estão muito superiores aos mortais para deles se ocuparem, e são bastantemente felizes para não voltarem a esta terra de misérias, no interesse de parentes e amigos que aqui deixassem. Então essas almas podem ser comparadas aos nababos que dos pobres desviam a vista com receio de perturbar a digestão? Mas se assim fora essas almas se mostrariam pouco dignas da suprema bem-aventurança, transformando-se em padrão de egoísmo! Restam ainda as almas do purgatório, porém, estas, sofredoras como devem ser, antes que doutra coisa, devem cuidar da sua salvação. Deste modo, não podendo nem umas nem outras almas corresponder ao nosso apelo, somente o demônio se apresenta em seu lugar. Então é o caso de dizer: se as almas não podem vir, não há de que recear pela perturbação do seu repouso. 12. - Mas aqui reponta uma outra dificuldade. Se as almas bem-aventuradas não podem deixar a mansão gloriosa para socorrer os mortais, por que invoca a Igreja a assistência dos santos que devem fruir ainda maior soma de beatitude? Por que aconselha invocá-los em casos de moléstia, de aflição, de flagelos? Por que razão e segundo essa mesma Igreja os santos e a própria Virgem aparecem aos homens e fazem milagres? Estes deixam o céu para baixar à Terra; entretanto os que estão menos elevados não o podem fazer! 13. - Que os cépticos neguem a manifestação das almas, vá, visto que nelas não acreditam; mas o que se torna estranhável é ver encarniçar-se contra os meios de provar a sua existência, esforçando-se por demonstrar a impossibilidade desses meios, aqueles mesmos cujas crenças repousam na existência e no futuro das almas! Parece que seria mais natural acolherem como benefício da Providência os meios de confundir os cépticos com provas irrecusáveis, pois que são os negadores da própria religião. Os que têm interesse na existência da alma deploram constantemente a avalancha da incredulidade que invade, dizimando-o, o rebanho de fiéis: entretanto, quando se lhes apresenta o meio mais poderoso de combatê-la, recusam-no com tanta ou mais obstinação que os próprios incrédulos. Depois, quando as provas avultam de modo a não deixar dúvidas, eis que procuram como recurso de supremo argumento a interdição do assunto, buscando, para justificá-la, um artigo da lei moisaica do qual ninguém cogitara, emprestando-lhe, à força, um sentido e aplicação inexistentes. E tão felizes se julgam com a descoberta, que não percebem que esse artigo é ainda uma justificativa da Doutrina Espírita. 14. - Todas as razões alegadas para condenar as relações com os Espíritos não resistem a um exame sério. Pelo ardor com que se combate nesse sentido é fácil deduzir o grande interesse ligado ao assunto. Daí a insistência. Em vendo esta cruzada de todos os cultos contra as manifestações, dir-se-ia que delas se atemorizam. O verdadeiro motivo poderia bem ser o receio de que os Espíritos muito esclarecidos viessem instruir os homens sobre pontos que se pretende obscurecer, dando-lhes conhecimento, ao mesmo tempo, da certeza de um outro mundo, a par das verdadeiras condições para nele serem felizes ou desgraçados. A razão deve ser a mesma por que se diz à criança: - "Não vá lá, que há lobisomens." Ao homem dizem: - "Não chameis os Espíritos: - São o diabo." - Não importa, porém: - impedem os homens de os evocar, mas não poderão impedi-los de vir aos homens para levantar a lâmpada de sob o alqueire. O culto que estiver com a verdade absoluta nada terá que temer da luz, pois a luz faz brilhar a verdade e o demônio nada pode contra esta. 15. - Repelir as comunicações de além-túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir-se, já pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já pelos exemplos que tais comunicações nos fornecem. A experiência nos ensina, além disso, o bem que podemos fazer, desviando do mal os Espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interdizer as comunicações é, portanto, privar as almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar. As seguintes palavras de um Espírito resumem admiravelmente as conseqüências da evocação, quando praticada com fim caritativo: "Todo Espírito sofredor e desolado vos contará a causa da sua queda, os desvarios que o perderam. Esperanças, combates e terrores; remorsos, desesperos e dores, tudo vos dirá, mostrando Deus justamente irritado a punir o culpado com toda a severidade. Ao ouvi-lo, dois sentimentos vos acometerão: o da compaixão e o do temor! compaixão por ele, temor por vós mesmos. E se o seguirdes nos seus queixumes, vereis então que Deus jamais o perde de vista, esperando o pecador arrependido e estendendo-lhe os braços logo que procure regenerar-se. Do culpado vereis, enfim, os progressos benéficos para os quais tereis a felicidade e a glória de contribuir, com a solicitude e o carinho do cirurgião acompanhando a cicatrização da ferida que pensa diariamente." (Bordéus, 1861.) O Céu e o Inferno CAPÍTULO XI - Da proibição de evocar os mortos 155 Primeira parte ALLAN KARDEC

UMA REALEZA TERRESTRE

O Evangelho Segundo o Espiritismo Uma realeza terrestre Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: “O meu reino não é deste mundo”? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra! Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes. Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer pira chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores. Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta. Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais. — Uma Rainha de França. (Havre, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8.)

NUNCA ESTAMOS SOZINHOS

Nunca estamos realmente sós. Quem na vida nunca enfrentou dificuldades? Talvez alguém muito jovem, que ainda muito pouco viveu e que goze de uma boa estrutura familiar e escolar, possa dizer que nunca enfrentou uma situação difícil. Com o passar do tempo, porém, à medida que a vida avança, são cada vez mais comuns as situações adversas. Inúmeras são as dificuldades: a perda de um ente querido, a separação da família, a perda de um emprego que garante o sustento, os insucessos econômicos, as dificuldades no estudo. Para cada um de nós situações diferentes representam diferentes graus de adversidade, mas todos lembramos facilmente delas. Frequentemente despreparados para enfrentar tais situações, deixamo-nos levar por sentimentos de tristeza, de desespero e de impotência perante o fato. Comumente, expomos nossa situação a familiares, amigos e, não raramente, pessoas não muito próximas, que se disponham a nos escutar. Falando constantemente sobre o fato que nos preocupa permanecemos imersos nos sentimentos negativos, mantemos nossa mente agitada, entristecida e, até mesmo, revoltada. Não faltam, nessas situações, opiniões diversas, de pessoas bem intencionadas, porém que nos deixam confusos, frequentemente sem encontrar uma solução. Poucas são as pessoas que se recolhem e buscam em si mesmas a real causa de tal insucesso, tentando, a partir dessa reflexão, modificar seu comportamento, ou encontrar uma solução eficaz. Muitos dizem se sentir sozinhos frente às dificuldades e, por este motivo, esperam opiniões e conselhos de todos aqueles que se dispuserem a dá-los. Falsa ideia a da solidão. Aqueles que dela se queixam se esquecem de que temos, ao nosso lado, sempre pronto a nos ajudar, alguém que só quer o nosso bem. Muitos de nós costumávamos pedir proteção a esse alguém, quando crianças, dirigindo-lhe uma prece, antes de dormir. Ao crescermos, esquecemos de tal atitude. Nosso Espírito protetor ou anjo da guarda está sempre presente, desde nosso nascimento até quando, ao final da vida física, voltamos à pátria espiritual, podendo ainda nos acompanhar em futuras existências. Silenciosamente, espera uma oportunidade de ser ouvido. Ele nos fala à mente e o podemos ouvir na forma de intuição ou de boas ideias. Para que essas intuições ou ideias cheguem ao nosso consciente é necessário que tenhamos a mente pronta para as receber. Obviamente, em meio à agitação e aos sentimentos negativos não teremos paz de espírito para tal. Tornamo-nos receptivos por meio do recolhimento, do silêncio, da oração, da meditação, ou dos sonhos durante um sono calmo. São muitos os relatos dos que, depois de orar com real recolhimento e, portanto, sintonizando com o mundo espiritual que nos guia, encontraram uma solução, ou, pelo menos, consolo e paz diante de uma dificuldade. * * * Lembremo-nos sempre desse auxílio que Deus deixa à nossa disposição, e que não nos falta nunca. Tenhamos a certeza de que, se um dia nos sentimos sem recurso, isto não é verdade, pois nunca estamos realmente sós!

RIGIDEZ

Rigidez. Para melhorarmos as circunstâncias de nossa vida, precisamos transformar nossos padrões de pensamentos limitadores. Isolando-nos dentro dessas fronteiras estreitas, passamos a encarar o mundo de forma reduzida e nos condicionamos a pensar que a vida é uma fatal provação. Assim, não mais vivemos intensamente, limitando-nos apenas a sobreviver. Explorando opções, diversificando nossas opiniões, conceitos, atitudes e recolhendo os frutos do progresso aqui e acolá, teremos expandida a nossa visão, que será a base para agirmos com prudência e maleabilidade diante das nossas decisões. A arquitetura de uma ponte prevê os movimentos oscilatórios, para que sua estrutura não sobre dano algum. As estruturas imobilizadas nunca são tão fortes como as flexíveis. mentalidades rígidas não são consideradas desembaraçadas e rápidas, pois, nunca estão prontas para mudar ou para receber novas informações. "... Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem." "... Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. (...) A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento...". Paixões podem ser consideradas predisposições impetuosas e violentas, se levadas ao extremo. Elas atingem as diversas áreas do relacionamento humano, como, por exemplo, a política, a social, a afetiva, a religiosa e a sexual. Predileção pelo lucro é útil; o exagero é cobiça. Predileção pelo afeto é valorosa; o exagero é apego. Predileção pela religião é a evolução; o exagero é fanatismo. Predileção pela casa é necessária; o exagero é futilidade. Predileção pelo lazer é saudável; o exagero é ociosidade. Entendemos, portanto, que a predileção pelas nossas convicções é racional, mas o exagero é inflexibilidade, obstinação, ou seja, paixão. Ser flexível não quer dizer perda de personalidade ou "ser volúvel, mas ser acessível à compreensão das coisas e pessoas. Encontramos criaturas que se mantêm presas durante anos e anos a conceitos e crenças imobilizadoras. Convergiram toda a sua atenção para sentimentos, objetivos ou pensamentos obstinados, dificultando uma amplitude de raciocínio e discernimento. Esse fenômeno não somente ocorre no mundo físico, mas também com as criaturas na vida espiritual, que permanecem estacionadas, compulsoriamente, a uma paixão doentia ligada a uma idéia única. Criando uma pluralidade de pensamentos reflexivos, teremos, obviamente, um melhor discernimento para perceber, escutar, ler, aprender e seguir nossos caminhos. Nossa saúde mental está intimamente ligada a nossa capacidade de adaptação ao meio em que vivemos, e nosso progresso intelectual se expressa por meio da habilidade psicológica de associação de idéias. Na atualidade, os estudiosos da mente acreditam que os indivíduos duros e intransigentes, por não se adaptarem à realidade das coisas, possuem uma maior predisposição para a psicose. Fogem para um universo irreal, classificado como loucura. Essa fuga é, por certo, uma forma de adaptação, para que possam sobreviver no mundo social que eles relutam em aceitar. Deixar a rigidez mental é fator básico para o crescimento interior. para aprendermos o "bem viver", é preciso que abandonemos as condutas da paixão, quer dizer, das emoções exageradas. As atitudes inovadoras e consideradas inusitadas na vida dos grandes homens foram as que fizeram com que fossem denominadas criaturas extraordinárias. Jesus Cristo, o Sublime Renovador das Almas, é considerado a maior personalidade "sui generis" de toda a humanidade. O mestre não somente teve procedimentos e atitudes nobres, mas também inéditos e inovadores, substituindo toda uma forma de pensar rígida, impetuosa e fanática dos homens de caráter austero e intolerante que viviam em sua época. Hammed Psicografada por Francisco do Espírito Santo Neto

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: Deus,Cristo e Caridade

Centro Espírita Meimei Virtual: Deus,Cristo e Caridade: É belíssimo o lema de Ismael:"DEUS,CRISTO E CARIDADE". Deus é nosso pai amado.A inteligência primeira de todas as coisas.O criador do unive...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CODIFICAÇÃO ESPIRITA

A codificação do espiritismo Cinco são os livros básicos do Espiritismo e constituem o "Pentateuco Kardequiano". Neles, Allan Kardec reuniu os ensinamentos que os Espíritos Superiores trouxeram, com a ajuda de médiuns com quem trabalhou diretamente e de numerosos outros, através da vasta correspondência que mantinha em todos os continentes. "O Livro dos Espíritos" - publicado em 1857 (18 de abril). É o livro básico do Espiritismo. Enfeixa os aspectos fundamentais da Ciência, Filosofia e Moral Espírita. Contém, no dizer do próprio Codificador, "os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o futuro da Humanidade". Na sua composição, que abrange 4 capítulos, Allan Kardec adotou o método de perguntas por ele elaboradas a serem respondidas pelos Espíritos Superiores. Além das questões, o texto é freqüentemente enriquecido com comentários e preciosos resumos escritos por Rivail. A primeira edição tinha 501 perguntas: a segunda, completa e definitiva, apresentava 1019, mas, na realidade, continha apenas 1018, pois, saltaram o número 1011 (à pergunta 1010 segue-se a 1012). Nas edições brasileiras, o número das perguntas, varia segundo a editora (1018 ou 1019). "O Livro dos Médiuns" - publicado em 1861. Estuda a mediunidade em seus múltiplos aspectos, orienta sobre seu desenvolvimento, uso, dificuldades e prática. Consolida os ensinamentos da doutrina pelo ângulo da experimentação científica. "O Evangelho Segundo o Espiritismo" - publicado em 1864. A primeira edição teve o título: "Imitação do Evangelho". As seguintes foram impressas com o título definitivo. Com a ajuda de vários médiuns de inúmeras procedências e dos Espíritos, Kardec estuda os ensinamentos morais dos quatro Evangelhos, à luz do Espiritismo, dispondo-os didaticamente em 27 capítulos. Em cada capítulo, agrupa as citações dos evangelistas de acordo com o tema e, a seguir, esclarece o assunto segundo o ponto de vista do Espiritismo e transcreve mensagens de Espíritos Superiores, escolhidas de acordo com a matéria em estudo, dentre as milhares recebidas em vários países, durante alguns anos. Obra basilar da Doutrina Espírita (que é o "Cristianismo redivivo") possui incomensurável beleza, cujo verdadeiro alcance ainda estamos longe de conhecer. "O Céu e o Inferno" - publicado em 1865. Aborda o problema de destino e da dor. Estuda de forma clara, precisa e lógica o prêmio, o castigo, as penas eternas e a Lei de Causa e Efeito, que demonstra a Justiça Divina, esclarece e consola os aflitos. "A Gênese" - publicada em 1868. Estuda nossas origens, abrangendo a constituição planetária, orgânica e espiritual. Em seu último capítulo, aborda os milagres e as predições de Jesus. Após a desencarnação de Kardec, a viúva autorizou a publicação de algumas anotações do Codificador nas quais contava fatos ocorridos no decorrer de seu trabalho missionário e apontamentos de ordem doutrinária. Esse livro recebeu o título: "Obras Póstumas" - publicado em 1890. Além dessas obras básicas da Codificação do Espiritismo, Kardec publicou onze livros de cunho mais popular e resumido. Manteve vasta correspondência com adeptos e interessados na Doutrina, em todo o mundo. Merece especial destaque a "Revista Espírita", publicação mensal escrita em grande parte pelo próprio Kardec. Ela é um repositório de informações sobre o Espiritismo, transcrevendo, com freqüência, escritos mediúnicos que lhe chegavam de todas as partes. Esteve sob a orientação e responsabilidade de Kardec desde seu primeiro número (janeiro de 1858) até o seu desenlace (março de 1869). Nessa revista o Mestre apontava "os princípios novos" que dessa forma eram entregues ao estudo dos espíritas e, posteriormente, recebia sugestões e apontamentos sobre questões não completamente esclarecidas, que muito o ajudavam na afirmação de novos aspectos doutrinários.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O jovem rico

No capítulo XVI do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO pertecente aos livros da codificação da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec,deparamos com a narrativa evangélica de Mateus 19:16 a 24 onde um jovem rico indaga ao Cristo como poderia conquistar a vida eterna.O Mestre então orienta ao jovem seguir os mandamentos da Lei.O rapaz então relata que já vinha seguindo a bela prescrição desde a mocidade.Jesus dá uma nova orientação:"Venda tudo que possua e dê aos pobres e depois me segue".O jovem foi embora muito triste,pois era muito rico. Por seguir todos os mandamentos o jovem considerava-se quite com as Leis divinas.Nessa lição o Mestre jamais quiz orientar que as pessoas ricas devem despojar de sua riqueza.Ele quiz mostrar como é grande o "apego aos bens materiais por parte dos homens".A riqueza é uma prova mais díficil do que a própria miséria,pois é o supemo excitante do orgulho,do egoismo e da vida sensual.É o laço mais forte que que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Jesus propunha ao jovem uma prova decisiva.Ele podia,sem dúvidas,ser um bom homem na opinião do mundo e não causar dano algum seus semelhantes,não maldizer o próximo,não ser orgulhoso,honrar seu pai e sua mãe,mas não era caridoso para com o seu próximo. Não adianta conhecer os belos princípios e não colocá-los em prática.Como poderíamos dormir tranquilos se não estendemos a mão caridosa e fraterna para milhares de irmãos famintos e que passam por tantas dificuldades enquanto nossa conta bancária esta "lá nas alturas".Conhecemos essa Doutrina consoladora.Aprendemos que "fora da caridade não há salvação" e nada fazemos para aliviar os sofrimentos daqueles que Deus colocou em nosso caminho para que pudessemos dar assistência.O capítulo do Evangelho é bem claro:"NÃO PODEMOS SERVIR A DEUS E A MAMON".Ninguem presisa despojar de toda a sua riqueza,mas pode por amor e caridade fazer um bom uso dela.Somos apenas depositários da riqueza e no momento certo vamos prestar conta ao pai celeste daquilo que fizemos dela. A riqueza deve gerar o progresso do planeta e da humanidade.Sendo assim devemos despojar é o orgulho e o egoísmo e auxiliar nossos irmãos que nos estendem a mão rogando nossa ajuda.E tenhamos a certeza de que quando voltarmos a pátria espiritual toda a riqueza e todos os títulos ficaram na Terra.E que o mais rico será aquele cheio de virtudes e tiver amado mais aos seus semelhantes.O dinheiro e o ouro não compram os melhores lugares no mundo espiritual. MARCELO PAULO- Jornalista SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM

DEUS PRESENTE

DEUS PRESENTE Perdeu a fé por alguns momentos? Não esqueça que o bom Deus jamais abandona seus filhos. Passou pelas crises da vida? Deus te sustenta em todos os momentos. Problemas de enfermidade no próprio corpo? Deus envia os bos anjos para socorre-lo nos momentos adversos. A tua dor não é maior.Há irmãos que jazem em leitos por muitos dias. Lutas com a família difícil? Já procurou pensar e refletir se não é você o obstáculo do outro? Deus te concede a paciência necessária para suportar com coragem os entraves dos irmãos do caminho. Problemas no trabalho? Já procurou dar tudo de si para auxiliar a teu próximo no dia a dia? Tenhamos a certeza de que a nossa felicidade depende de nós mesmos e que Deus sempre colabora com a sua bondade para que possamos vencer os contratempos diários. VANCESLAUS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

NOCÕES ELEMENTARES DE DOUTRINA ESPÍRITA

NOÇÕES ELEMENTARES DA DOUTRINA ESPÍRITA Muitos confundem o Espiritismo com as religiões afro-brasileiras.Isso ocorre pela falta de conhecimento e ignorância.Falta um estudo mais amplo sobre o assunto do Espiritismo e das religiões afro-brtasileiras.O Espiritismo é confundido com religiões como Umbanda,Candomblé e outras afro-brasileiras.Deixamos claro nesse artigo que temos o maior respeito por essas religiões bem como de seus membros e participantes.Não temos a prentenção de menosprezar o culto desses irmãos,pois sabemos que quando uma religião produz o maior numero de homens de bem isto é o que importa. Nesse artigo queremos mostrar a puresa doutrinária do espiritismo.A Doutrina Espírita ou Espiritismo foi codificada na França por Allan Kardec(1804-1869) que contou com o auxílio dos espíritos superiorespara escrever as Obras Básicas:O Livro dos Espíritos,1857;O livro dos Médiuns,1861;O Evangelho segundo O Espiritismo,1864;O Céu e o Inferno,1865 e a Gênese em 1868. O Espiritismo é uma Doutrina cristã,pois realiza o que o Cristo disse do consolador prometido:conhecimento das coisas,fazendo com que o homem saiba da onde vem,para onde vai e por que está na Terra;atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.O Espiritismo pode ser estudado,analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida,tais como científico,filosófico,religioso,ético,moral,educacional e social. São ensinamentos fundamentais da Doutrina Espírita: I)A crença em Deus que é a inteligência suprema e calsa primeira de todas as coisas.Deus é nosso pai celeste e ama a todos os seus filhos.Quando assim falamos queremos deixar claro que todos somos seus filhos e não suas criaturas.Deus é bom,justo,único,imaterial,onipotente e jamais castiga seus filhos.Todas as dores,dificuldades que o homem passa são consequências dos erros praticados pelo própio homem. II)Jesus é o melhor exemplo e modelo que Deus pode oferecer ao homem.Jesus é exemplo de amor,caridade,justiça e sempre combateu o orgulho e o egoísmo que são as chagas da humanidade.O Espiritismo relembra tudo o que Jesus ensinou:a pratica de amor e caridade,o perdão das ofensas e o combate as más inclinações cujo o homem está sujeito.O Espiritismo veio relembrar tudo que o Cristo disse e o que não podia falar naquela época ainda,pois os homens não estavam preparados para receber tantas revelações. III)O homem é um espírito encarnado em um corpo material e preexiste e sobrevive a tudo,ou seja após a morte do corpo físico o espírito retorna ao mundo espiritual ou mundo dos espíritos paralelo ao mundo físico.Os espíritos são os seres inteligêntes da criação.Podemos dizer que são a alma dos homens que viveram sobre a Terra.Os espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio adiantamento.A Rencarnação permite ao espírito evoluir e um dia chegar ao estado de espírito puro.O número de encarnações é ilimitado.Já vivemos muitas outras vidas e viveremos outras ilimitadas para nossa evolução espiritual.O espírito conserva a sua individualidade ,antes,durante e depois de cada encarnação.No universo há outros mundos habitados,com seres de diferentes graus de evolução:iguais,mais evoluidos e menos evoluidos que os homens.As relações dos espíritoscom os homens sempre existiram.Os bons espíritos nos atraem para o bem,sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam asuportá-las com coragem e resignação.Os imperfeitos nos induzem ao erro. Toda prática espírita é gratuita,como orienta o principio do evangelho:"dai de graça o que de graça recebeste".Se um dia você for a um local que te cobre pela assistência espiritual esse lugar ou essa instituição não é espírita! A prática espírita é simples e com simplicidade,sem nenhum tipo de culto exterior,dentrodo principio cristão de que Desus deve ser adorado em espírito e verdade.O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões as seguintes práticas: Altares,imagens,andores,velas,procissões,sacramentos,paramentos,bebidas acóolicas ou alucinógenos,incenso,fumo,talismã,amuletos,horóscopos,cartomancia,pirâmides,cristais ou objetos,rituais ou forma de culto exterior.Caso você va a um grupo e lá encontrar algum desses rituais esse grupo com certeza não é espírita. O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas,valoriza os esforços para a prática do bem e trabalha pela paz e confraternização entre todos os povos e entre todos os homens,independente de sua raça, cor, crença,nível social ou cultural.A Doutrina Espírita não impõe(obriga )os seus princípios.Convida os interessados a conhecê-los a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão,antes de aceitá-los.Procure um centro ou grupo espírita para melhor estudar e conhecer o Espiritismo. MARCELO PAULO -Jornalista. SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM/Centro Espírita virtual Meimei

sábado, 28 de janeiro de 2012

O ESPIRITISMO EM RESUMO

1. Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Deus é eterno, único, imaterial, imutável, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Deve ser infinito em todas as suas perfeições, pois se supuséssemos um único de seus atributos imperfeito, ele não seria mais Deus. 2. Deus criou a matéria que constitui os mundos; também criou seres inteligentes que chamamos de Espíritos, encarregados de administrar os mundos materiais segundo as leis imutáveis da criação, e que são perfectíveis por sua natureza. Aperfeiçoando-se, eles se aproximam da Divindade. 3. O espírito propriamente dito é o princípio inteligente; sua natureza íntima nos é desconhecida; para nós ele é imaterial, porque não tem nenhuma analogia com o que chamamos matéria. 4. Os Espíritos são seres individuais; têm um envoltório etéreo, imponderável, chamado perispírito, espécie de corpo fluídico, semelhante à forma humana. Povoam os espaços, que percorrem com a rapidez do raio, e constituem o mundo invisível. 5. A origem e o modo de criação dos Espíritos nos são desconhecidos; só sabemos que são criados simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo, pois Deus, em sua justiça, não podia isentar uns do trabalho que teria imposto aos outros para chegar à perfeição. No princípio, ficam em uma espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência. 6. Desenvolvendo-se o livre arbítrio nos Espíritos ao mesmo tempo que as idéias, Deus lhes diz: "Vocês podem aspirar à felicidade suprema, assim que tiverem adquirido os conhecimentos que lhes faltam e cumprido a tarefa que lhes imponho. Então trabalhem para seu engrandecimento; este é o objetivo; irão atingi-lo seguindo as leis que gravei em sua consciência." Em consequência de seu livre arbítrio, uns tomam o caminho mais curto, que é o do bem, outros o mais longo, que é o do mal. 7. Deus não criou o mal; estabeleceu leis, e essas leis são sempre boas, porque ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria perfeitamente feliz; mas os Espíritos, tendo seu livre arbítrio, nem sempre as observaram, e o mal veio de sua desobediência. Pode-se então dizer que o bem é tudo o que é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é contrário a essa mesma lei. 8. Para cooperar, como agentes do poder divino, com a obra dos mundos materiais, os Espíritos revestem-se temporariamente de um corpo material. Pelo trabalho de que sua existência corpórea necessita, eles aperfeiçoam sua inteligência e adquirem, observando a lei de Deus, os méritos que devem conduzi-los à felicidade eterna. 9. A encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como uma punição; ela é necessária ao seu desenvolvimento e para a realização das obras de Deus, e todos devem resignar-se a ela, tomem o caminho do bem ou do mal; só que os que seguem o caminho do bem, avançando mais rapidamente, demoram menos a chegar ao fim e lá chegam em condições menos penosas. 10. Os Espíritos encarnados constituem a humanidade, que não está circunscrita à Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados peloespaço. 11. A alma do homem é um Espírito encarnado. Para auxiliá-lo no cumprimento de sua tarefa; Deus lhe deu, como auxiliares, os animais; que lhe são submissos e cuja inteligência e caráter são proporcionais às suas necessidades. 12. O aperfeiçoamento do Espírito é o fruto de seu próprio trabalho; não podendo, em uma única existência corpórea, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que devem conduzi-lo ao objetivo, ele aí chega por uma sucessão de existências, dando em cada uma delas alguns passos adiante no caminho do progresso. 13. Em cada existência corpórea o Espírito deve cumprir uma missão proporcional a seu desenvolvimento; quanto mais ela for rude e laboriosa, maior seu mérito em cumpri-la. Cada existência é, assim, uma prova que o aproxima do alvo. O número de suas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito de abreviá-las, trabalhando ativamente em seu aperfeiçoamento moral; assim como depende da vontade do operário que tem de realizar um trabalho abreviar o número de dias para sua execução. 14. Quando uma existência foi mal empregada, não aproveitou o Espírito, que deve recomeçá-la em condições mais ou menos penosas, em razão de sua negligência e de sua má vontade; assim é que, na vida, podemos ser obrigados a fazer no dia seguinte o que não fizemos no anterior, ou a refazer o que fizemos mal. 15. A vida espiritual é a vida normal do Espírito: ela é eterna; a vida corpórea é transitória e passageira: é apenas um instante na eternidade. 16. No intervalo de suas existências corpóreas, o Espírito é errante. Não por duração determinada; nesse estado o espírito é feliz ou infeliz de acordo com o bom ou mau emprego de sua última existência; ele estuda as causas que apressaram ou retardaram seu desenvolvimento; toma resoluções que tentará pôr em prática na próxima encarnação e escolhe, ele mesmo, as provas que considera mais adequadas ao seu progresso; mas algumas vezes ele se engana, ou sucumbe não mantendo como homem as resoluções que tomou como Espírito. 17. O Espírito culpado é punido pelos sofrimentos morais no mundo dos Espíritos, e pelas penas físicas na vida corpórea. Suas aflições são conseqüências de suas faltas, quer dizer, de sua infração à lei de Deus; de modo que constituem simultaneamente uma expiação do passado e uma prova para o futuro é assim que o orgulhoso pode ter uma existência de humilhação, o tirano uma vida de servidão; o rico mau uma encarnação de miséria. 18. Há mundos apropriados aos diferentes graus de avanço dos Espíritos, onde a existência corpórea acha-se em condições muito diferentes. Quanto menos o Espírito é adiantado, mais os corpos de que se reveste são pesados e materiais; à medida em que se purifica, passa para mundos superiores moral e fisicamente. A Terra não é o primeiro nem o último, mas um dos mundos mais atrasados. 19. Os Espíritos culpados são encarnados em mundos menos adiantados, onde expiam suas faltas pelas tribulações da vida material. Esses mundos são para eles verdadeiros purgatórios, dos quais depende deles sair, trabalhando em seu progresso moral. A Terra é um desses mundos. 20. Deus, sendo soberanamente justo e bom, não condena suas criaturas a castigos perpétuos pelas faltas temporárias; oferece-lhes em qualquer ocasião meios de progredir e reparar a mal que elas praticaram. Deus perdoa, mas exige o arrependimento, a reparação e o retorno ao bem, de modo que a duração do castigo é proporcional à persistência do Espírito no mal; conseqüentemente, o castigo seria eterno para aquele que permanecesse eternamente na mau caminho, mas, assim que um sinal de arrependimento entra no coração do culpado, Deus estende sobre ele sua misericórdia. A eternidade das penas deve assim ser entendida no sentido relativo, e não no sentido absoluto. 21. Os Espíritos, encarnando-se, trazem com eles o que adquiriram em suas existências precedentes; é a razão por que os homens mostram instintivamente aptidões especiais; inclinações boas ou más que lhes parecem inatas. As más inclinações naturais são os vestígios das imperfeições do Espírito, dos quais ele não se despojou inteiramente; são também os indícios das faltas que ele cometeu, e o verdadeiro pecado original. A cada existência ele deve lavar-se de algumas impurezas. 22. O esquecimento das existências anteriores é uma graça de Deus que, em sua bondade, quis poupar ao homem lembranças freqüentemente penosas. Em cada nova existência, o homem é o que ele fez de si mesmo; é para ele um novo ponto de partida - ele conhece seus defeitos atuais, sabe que esses defeitos são a conseqüência dos que tinha, tira conclusões do mal que pôde ter cometido, e isso lhe basta para trabalhar, corrigindo-se. Se tinha outrora defeitos que não tem mais, não tem mais que preocupar-se com eles; bastam-lhe as imperfeições presentes. 23. Se a alma ainda não existiu, é que foi criada ao mesmo tempo que o corpo; nessa suposição, ela não pode ter nenhuma relação com as que a precederam. Pergunta-se, então, como Deus, que é soberanamente justo e bom, pode tê-la feito responsável pelo erro do pai do gênero humano, maculando-a com um pecado original que ela não cometeu. Dizendo, ao contrário, que ela traz ao renascer o germe das imperfeições de suas existências anteriores, que ela sofre na existência atual as conseqüências de suas faltas passadas, dá-se do pecado original uma explicação lógica que todos podem compreender e admitir, porque a alma só é responsável por suas próprias obras. 24. A diversidade das aptidões inatas, morais e intelectuais, é a prova de que a alma já viveu; se tivesse sido criada ao mesmo tempo que o corpo atual, não estaria de acordo com a bondade de Deus ter feito umas mais avançadas que as outras. Por que selvagens e homens civilizados, bons e maus; tolos e brilhantes? Dizendo-se que uns viveram mais que os outros e mais adquiriram, tudo se explica. 25. Se a existência atual fosse única e devesse decidir sozinha sobre o futuro da alma para a eternidade, qual seria o destino das crianças que morrem em tenra idade? Não tendo feito nem bem nem mal, elas não merecem nem recompensas nem punições. Segundo a palavra do Cristo, sendo cada um recompensado segundo suas obras, elas não têm direito à felicidade perfeita dos anjos, nem merecem ser dela privadas. Diga-se que poderão, em uma outra existência, realizar o que não puderam naquela que foi abreviada, e não há mais exceções. 26. Pelo mesmo motivo, qual seria a sorte dos cretinos, idiotas? Não tendo nenhuma consciência do bem e do mal, não têm nenhuma responsabilidade por seus atos. Deus seria justo e bom tendo criado almas estúpidas para destiná-las a uma existência miserável e sem compensações? Admita-se, pelo contrário, que a alma do idiota e do cretino é um Espírito em punição dentro de um corpo impróprio para exprimir seu pensamento, onde ele é como um homem fortemente aprisionado por laços, e não se terá mais nada que não seja conforme com a justiça de Deus. 27. Em suas encarnações sucessivas, o Espírito, sendo pouco a pouco despojado de suas impurezas e aperfeiçoado pelo trabalho, chega ao termo de suas existências corpóreas; pertence então à ordem dos Espíritos puros ou dos anjos, e goza simultaneamente da vida completa de Deus e de uma felicidade imperturbável pela eternidade. 28. Estando os homens em expiação na terra, Deus, como bom pai, não os entregou a si mesmos sem guias. Eles têm primeiro seus Espíritos protetores ou anjos guardiães, que velam por eles e se esforçam para conduzi-los ao bom caminho; têm ainda os Espíritos em missão na terra, Espíritos superiores encarnados de quando em quando entre eles para lhes iluminar o caminho através de seus trabalhos e fazer a humanidade avançar. Se bem que Deus tenha gravado sua lei na consciência, ele achou que devia formulá-la de maneira explícita; mandou primeiro Moisés, mas as leis de Moisés estavam ajustadas aos homens de seu tempo; ele só lhes falou da vida terrestre, de penas e de recompensas temporais. O Cristo veio depois completar a lei de Moisés através de um ensinamento mais elevado: a pluralidade das existências[9], a vida espiritual, mas as penas e as recompensas morais. Moisés os conduziu pelo medo, o Cristo pelo amor e pela caridade. 29. O Espiritismo, mais bem entendido hoje, acrescenta, para os incrédulos a evidência à teoria; prova o futuro com fatos patentes; diz em termos claros e sem equívoco o que o Cristo disse em parábolas; explica as verdades desconhecidas ou falsamente interpretadas; revela a existência do mundo invisível ou dos Espíritos, e inicia o homem nos mistérios da vida futura; vem combater o materialismo, que é uma revolta contra o poder de Deus; vem enfim estabelecer entre os homens o reino da caridade e da solidariedade anunciado pelo Cristo. Moisés lavrou, o Cristo semeou, o Espiritismo vem colher. 30. O Espiritismo não é uma luz nova, mas uma luz mais brilhante, porque surgiu de todos os pontos do globo através daqueles que viveram. Tornando evidente o que era obscuro, põe fim às interpretações errôneas, e deve unir os homens em uma mesma crença, porque não há senão um Deus, e suas leis são as mesmas para todos; ele marca enfim a era dos tempos preditos pelo Cristo e pelos profetas. 31. Os males que afligem os homens na terra têm como causa o orgulho, o egoísmo e todas as más paixões. Pelo contato de seus vícios, os homens tornam-se reciprocamente infelizes e punem-se uns aos outros. Que a caridade e a humildade substituam o egoísmo e o orgulho, então eles não quererão mais prejudicar-se; respeitarão os direitos de cada um e farão reinar entre eles a concórdia e a justiça. 32. Mas como destruir o egoísmo e o orgulho, que parecem inatos no coração do homem? - O egoísmo e o orgulho estão no coração do homem, porque os homens são espíritos que seguiram desde o princípio o caminho do mal, e que foram exilados na terra como punição desses mesmos vícios; é o seu pecado original, de que muitos não se despojaram. Através do Espiritismo, Deus vem fazer um último apelo para a prática da lei ensinada pelo Cristo: a lei de amor e de caridade. 33. Tendo a terra chegado ao tempo marcado para tornar-se uma morada de felicidade e de paz, Deus não quer que os maus Espíritos encarnados continuem a trazer para ela a perturbação, em prejuízo dos bons; é por isso que eles deverão deixá-la: Irão expiar seu empedernimento em mundos menos evoluídos; onde trabalharão de novo para seu aperfeiçoamento em uma série de existências mais infelizes e mais penosas ainda que na terra. Eles formarão nesses mundos uma nova raça mais esclarecida, cuja tarefa será levar o progresso aos seres atrasados que neles habitam, pelos conhecimentos que já adquiriram. Só sairão para um mundo melhor quando tiverem merecido, e assim por diante, até que tenham atingido a purificação completa: Se a terra era para eles um purgatório, esses mundos serão seu inferno, mas um inferno de onde a esperança nunca está banida[10]. 34. Enquanto a geração proscrita vai desaparecer rapidamente; surge uma nova geração, cujas crenças serão fundadas no Espiritismo cristão. Nós assistimos à transição que se opera, prelúdio da renovação moral cuja chegada o Espiritismo marca. MÁXIMAS EXTRAÍDAS DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS 35. O objetivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos homens. Não é preciso procurar nele senão o que pode ajudá-lo para o progresso moral e intelectual. 36. O verdadeiro Espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que faz bom proveito do ensinamento dado pelos Espíritos. Nada adianta acreditar se a crença não faz com que se dê um passo adiante no caminho do progresso e que não o faça melhor para com o próximo. 37. O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como contraveneno: a caridade e a humildade. 38. A crença no Espiritismo só é proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje está melhor do que ontem. 39. A importância que o homem atribui aos bens temporais está na razão inversa de sua fé na vida espiritual; é a dúvida sobre o futuro que o leva a procurar suas alegrias neste mundo, satisfazendo suas paixões, ainda que às custas do próximo. 40. As aflições na terra são os remédios da alma; elas salvam para o futuro, como uma operação cirúrgica dolorosa salva a vida de um doente e lhe devolve a saúde. É por isso que o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, pois eles serão consolados." 41. Nas suas aflições, olhe abaixo de você e não acima; pense naqueles que sofrem ainda mais que você. 42. O desespero é natural para aquele que crê que tudo acaba com a vida do corpo; é um contra-senso para aquele que tem fé no futuro. 43. O homem é muitas vezes o artesão de sua própria infelicidade neste mundo; se ele voltar à fonte de seus infortúnios, verá que a maior parte deles são o resultado de sua imprevidência, de seu orgutho e avidez, conseqüentemente, de sua infração às leis de Deus. 44. A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. 45. Aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal, e Deus envia-lhe bons Espíritos para assisti-lo. É um auxílio que nunca é recusado, quando é pedido com sinceridade. 46. O essencial não é orar muito, mas orar bem. Certas pessoas crêem que todo o mérito está na extensão da prece, enquanto fecham os olhos para seus próprios defeitos. A prece é para eles uma ocupação, um emprego do tempo, mas não uma análise de si mesmos. 47. Aquele que pede a Deus o perdão de seus erros não o obtém senão mudando de conduta. As boas ações são a melhor das preces, pois os atos valem mais que as palavras. 48. A prece é recomendada por todos os bons Espíritos; é, além disso, pedida por todos os Espíritas imperfeitos como um meio de tornar mais leves seus sofrimentos. 49. A prece não pode mudar os desígnios da Providência; mas, vendo que há interesse por eles, os Espíritos sofredores se sentem menos desamparados; tornam-se menos infelizes; ela exalta sua coragem, estimula neles o desejo de elevar-se pelo arrependimento e reparação, e pode desvia-los do pensamento do mal. É nesse sentido que ela pode não só aliviar, mas abreviar seus sofrimentos. 50. Cada um ore segundo suas convicções e o modo que acredita mais conveniente, pois a forma não é nada, o pensamento é tudo; a sinceridade e a pureza de intenção é o essencial; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras, que se assemelham ao barulho de um moinho e onde o coração não está. 51. Deus fez homens fortes e poderosos para que fossem sustentáculos dos fracos; o forte que oprime o fraco é advertido por Deus; em geral ele recebe o castigo nesta vida, sem prejuízo do futuro. 52. A fortuna é um depósito cujo possuidor é tão-somente o usufrutuário, já que não a leva com ele para o túmulo; ele prestará rigorosas contas do emprego que fez dela. 53. A fortuna é uma prova mais arriscada que a miséria, porque é uma tentação para o abuso e os excessos, e porque é mais difícil ser moderado que ser resignado. 54. O ambicioso que triunfa e o rico que se sustenta de prazeres materiais são mais de se lamentar que de se invejar, pois é preciso ter em conta o retorno. O Espiritismo, pelos terríveis exemplos dos que viveram e que vêm revelar sua sorte, mostra a verdade desta afirmação do Cristo: "Aquele que se orgulha será humilhado e aquele que se humilha será elevado." 55. A caridade é a lei suprema do Cristo: "Amem-se uns aos outros como irmãos; - ame seu próximo como a si mesmo; perdoe seus inimigos; - não faça a outrem o que não gostaria que lhe fizessem"; tudo isso se resume na palavra caridade. 56. A caridade não está só na esmola pois há a caridade em pensamentos, em palavras e em ações. Aquele caridoso em pensamentos, é indulgente para com as faltas do próximo; caridoso em palavras, não diz nada que possa prejudicar seu próximo; caridoso em ações, assiste seu próximo na medida de suas forças. 57. O pobre que divide seu pedaço de pão com um mais pobre que ele é mais caridoso e tem mais mérito aos olhos de Deus que o que dá o que lhe é superfluo, sem se privar de nada. 58. Aquele que nutre contra seu próximo sentimentos de animosidade, ódio, ciúme e rancor, falta à caridade; ele mente, se se diz cristão, e ofende a Deus. 59. Homens de todas as castas, de todas as seitas e de todas as cores, vocês são todos irmãos, pois Deus os chama a todos para ele; estendam-se pois as mãos, qualquer que seja sua maneira de adorá-lo, e não atirem o anátema, pois o anátema é a violação da lei de caridade proclamada pelo Cristo. 60. Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz. A caridade, constituindo a base de suas instituições, pode assim, por si só, garantir a felicidade deles neste mundo; segundo as palavras do Cristo, só ela pode também garantir sua felicidade futura, pois encerra implicitamente todas as virtudes que podem levá-los à perfeição. Com a verdadeira caridade, tal como a ensinou e praticou o Cristo, não mais o egoísmo, o orgulho, o ódio, a inveja, a maledicência; não mais o apego desordenado aos bens deste mundo. É por isso que o Espiritismo cristão tem como máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. Incrédulos! Podeis rir dos Espíritos, zombar daqueles que crêem em suas manifestações; ride, pois, se ousardes, desta máxima que eles acabaram de professar e que é sua própria salvaguarda, pois se a caridade desaparecesse da terra, os homens se entredilacerariam, e talvez vocês fossem as primeiras vítimas. Não está longe o tempo em que esta máxima, proclamada abertamente em nome dos Espíritos, será uma garantia de segurança e um título à confiança, naqueles que a trouxerem gravada no coração.